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15 Coisas que você não sabia sobre casamento na bíblia.

  • André G. Figur
  • 26 de jun. de 2019
  • 27 min de leitura

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O que a bíblia fala sobre casamento.

Orientações:

Tendo em vista que a grande maioria dos interessados neste tema buscam por textos objetivos, comecei esse texto com alguns fatos sobre o que a bíblia fala a respeito de casamento, divórcio, novo casamento, adultério, obrigações matrimoniais e orientações, elencados em números, redigidos de forma clara e objetiva.

Dediquei explicações, no meio do artigo, aos que, depois de lerem a lista, buscam se aprofundar na questão, ou meramente querem entender os pontos de vista aqui expressados pelo autor.

Aos mais incrédulos quanto ao que a bíblia fala sobre casamento, no fim da página estão, expresso em hiperlinks, todas as referências que a bíblia fala sobre casamento de Gênesis, a Apocalipse.

Bom estudo!

(No rodapé do artigo encontrará nota do autor.)

Aos Fatos:

1) Ninguém tem o poder de validar ou invalidar um casamento. Nem instituições.

Em nem um lugar nas escrituras, a autoridade de validar ou não um casamento foi dada a qualquer tipo de sacerdote ou instituição eclesiástica, sejam levitas, profetas, sacerdotes, padres, pastores, ou o que forem. A autoridade do casamento foi entregue aos homens (homem e mulher), onde um homem solteiro vota a uma mulher solteira uma aliança matrimonial pelo resto de suas vidas, e consumam essa aliança na conjunção carnal. (sexo) (Gn. 2:18-25)

Parte interessante é notar que Deus em não entra em nem um momento na narrativa de Adão, antes ou depois deste proferir seu voto à Eva, mas Moisés (quem escreveu o livro), inspirado por Deus, determinou o padrão divino para o casamento no verso vinte e quatro. Claro que na organização de cada bíblia, de tradução para tradução, umas incluem essa fala como sendo de Adão, e outros como sendo de Deus, mas não exclui o fato de ser um padrão estabelecido por Deus.

Como se trata da afirmação da ausência de texto, evidentemente eu não vou postar “a referência que diz que não tá na bíblia”.

Convido aqueles que duvidam de tal afirmação ler tudo que a bíblia fala sobre casamento, no antigo e no novo testamento, exposto no fim do artigo.

2) Antes da lei o que determinava as normas de um casamento era a tradição familiar.

Não houve lei de Adão até Moisés (Romanos 5:14), que estipulasse qualquer coisa, nem a respeito do casamento. O que os homens desenvolveram foi uma cultura comum com relação ao casamento, onde os pais escolhiam esposas para seus filhos, e negociavam casamento para suas filhas, e acontecia uma celebração pública, para que todos soubessem que aquela mulher pertenceria àquele homem a partir daquela data.

Segundo a tradição humana, natural, não legal, não existia proibição com relação ao homem ter mais de uma esposa, na verdade o comum era a poligamia. Mesmo sendo polígamos, o adultério sempre existiu, a imoralidade também, e a promiscuidade também, e se aplicavam ao contexto onde um homem tivesse relações sexuais com prostitutas, ou com mulheres fora de uma aliança de casamento. Fora isso, era imoral um homem abandonar qualquer uma de suas esposas, mas caso o fizesse, ela voltaria para casa de seus pais.

É o que toda a história de Gênesis, de Abraão até os filhos de Jacó, nos evidencia. (Gênesis capítulo 12 até o capítulo 50)

3) Moisés não deixou divorciar por causa de adultério.

Da lei de Moisés em diante passou a existir uma lei que regularizava o divórcio (Dt. 24:1-5), e ela não falava em divórcio apenas por causa de relações sexuais fora do matrimônio, falava em divórcio por qualquer motivo.

Quanto ao adultério, a lei de Moisés não mandava que houvesse divórcio, mas a execução dos adúlteros (homem e mulher envolvidos) diante do povo, pelo povo, por apedrejamento. (Lv. 20:10)

Então, não, a lei mosaica não permitia o divórcio em caso de adultério, ele mandava matar os adúlteros.

Isso tinha o objetivo de criar temor na sociedade hebraica quanto a qualquer ato imoral, promíscuo, adúltero ou de prostituição.

O único meio de alguém adulterar e permanecer vivo, segundo a lei de Moisés, é, se essa pessoa fosse mulher, e nunca tivesse sido pega, nem confessasse o seu pecado, mas o seu marido desconfiasse dela, e a levasse aos levitas, a acusasse, e eles fizessem ela beber Água com cinzas, então, em caso dela ser culpada, escaparia viva, mas com a consequência de ter o útero “descaído” e mancando, e nunca mais o seu marido teria relações com ela. (Caso ela não fosse adultera, nada aconteceria a ela, e o marido teria de pagar uma soma em ouro para sua esposa diante da congregação pela vergonha que a fez passar.) (Num. 5:11-31)

4) A lei mosaica proibia a restauração do casamento após o divórcio. (Dar carta de desquite.)

A lei de Moisés proibia que os divorciados voltassem a ter relações sexuais, e, ou refizessem o casamento, sob pena de abominável. (Dt. 24: 1-5) (Tudo que fosse abominável na lei, exigia a execução dos tais, como por exemplo homosexualismo e zoofilia, Lv.18:22-23) O que significa que na lei mosaica, havendo divórcio, não tinha possibilidade de restauração, não tinha volta, os divorciados estavam mortos um para o outro.

5) Jesus nunca permitiu o divórcio.

Atribuem um significado “implícito” ao que Jesus respondeu aos fariseus quando lhe perguntaram sobre isso. De modo que “interpretam” assim: por causa de adultério ou dureza de coração pode divorciar, embora não fosse pra acontecer.

O que Jesus disse é que caso a separação não tenha acontecido já por causa de adultério, mesmo os envolvidos não tendo consumado um adultério, cada um, expõe o seu conjunge ao pecado de adultério por manterem-se separados. De modo que vindo, qualquer um dos dois, a envolver-se num novo relacionamento adultera contra o primeiro casamento.

A discussão fica em torno do que Jesus diz em Mateus, por causa de uma suposta exceção nas palavras de Jesus, veja:

— Também foi dito: “Aquele que repudiar a sua mulher deve dar-lhe uma carta de divórcio.” 'Eu, porém, lhes digo: quem repudiar a sua mulher, exceto em caso de relações sexuais ilícitas, a expõe a se tornar adúltera; e aquele que casar com a repudiada comete adultério. '

– 'Eu, porém, lhes digo: quem repudiar a sua mulher, não sendo por causa de relações sexuais ilícitas, e casar com outra comete adultério. '

Normalmente as igrejas apontam essa referência e tomam isso como uma clara legalidade para o divórcio, são duas referências em Mateus, que aparentemente apontam para isso, no entanto vejamos se essa “legalidade” é expressa nas palavras de Jesus em mais algum lugar nos evangelhos:

- 'E Jesus lhes disse: — Quem repudiar a sua mulher e casar com outra comete adultério contra aquela. E, se ela repudiar o seu marido e casar com outro, comete adultério. '

— ‘Quem repudiar a sua mulher e casar com outra comete adultério; e aquele que casa com a mulher repudiada pelo marido também comete adultério. '

Depois disso não vemos em lugar algum no ensinamento dos apóstolos concordância com a suposta exceção para novo casamento por causa de adultério, ou dureza de coração. É no mínimo insustentável fazer tal afirmação a respeito do divórcio e novo casamento com tão poucas referências a favor, em relação a quantia de referências contra. No novo testamento são as únicas que podem ser encontradas a favor, em Marcos e Lucas elas não existem, ao contrário, se resumem a proibir o divórcio em qualquer situação, e Paulo concorda ao trazer a mesma resolução, onde no máximo, por opinião própria por motivo de preservação, é permitido a separação, não um segundo casamento (1ªCoríntios 7:10-11). É temerário afirmar que Jesus deixou casar de novo em caso de adultério.

Jesus não permitiu o divórcio, e explicou que Moisés só o permitiu por causa da dureza de coração das pessoas, que é aquilo que a lei jamais conseguiu aprimorar (Hb. 7:18-19), mas que o Espírito Santo, pela nova natureza, tem poder para fazê-lo. (Tal posicionamento de Jesus causou estranheza até mesmo entre seus discípulos mais chegados, ao que eles lhe disseram: - Mestre, mas se tal é a condição do Marido à sua esposa, então não convém casar! Jesus respondeu a eles, que nem todos conseguirão viver esse conceito. Marcos 10:3-12)

6) O segundo casamento é iniquidade de adultério.

Evidentemente, casando uma segunda vez, passa de pecado corriqueiro para pecado diário, a prática do pecado que é a iniquidade.

No antigo testamento, de baixo da lei mosaica, Salomão em Provérbios faz distinção entre aquele que se aventura sexualmente fora do casamento, e aquele que abandona sua esposa por outra ingressando num relacionamento. Onde evidentemente as duas coisas são pecados, mas pior é aquele que abandona o primeiro casamento e se arranja de um segundo. (Pv.6:26 , o contexto em sí é bem maior Provérbios 6:23-35, mas o fato é que a prostituta cobra apenas bens materiais, a mulher adultera, a amante, te levará a ruína.)

No novo testamento, onde Jesus manifestava um padrão aos que estariam a partir de sua morte, de baixo da Graça, ele fala que apenas olhar com intenções impuras (Mateus 5:27-30), (e aqui o pecado não é o ato de olhar mas o pensamento impuro, que não necessariamente depende de ter olhado alguma coisa) já é o pecado de adultério.

Logo manter a prática de cobiçar qualquer pessoa, ou a prática de consumir pornografia, e no campo físico, manter amantes, ou incorrer num segundo casamento, é iniquidade. E nem um iníquo será salvo, ( Mateus 7:21-23, 1João 3:4) sendo ele batizado ou não. ( Romanos 8:13)

7) A morte é a única condição para novo casamento.

Para a lei que produz morte em nós, a morte pode ser vivida de duas formas:

A) Morrendo.

E neste caso quem fica livre para casar é quem está vivo, já que (graças a Deus) mortos não casam.

B) Sendo batizado.

Que é o sepultamento do velho homem nas águas. Onde todas as maldições, pactos, alianças, pecados e iniquidades ficam cancelados, e somos nova criatura aos olhos de Deus depois do batismo. (Romanos 3:21-26, Romanos 5:1-23, Romanos 7:1-6)

O detalhe é que essa nova criatura não pode divorciar-se e casar novamente, pois ela não pode ser sepultada de novo pelo batismo, e a única morte que resta a ela é a morte no corpo. Sendo assim não tem como alguém divorciar, pedir perdão pelo divórcio (seja o divórcio justificado no motivo que for), e contrair novo casamento com outra pessoa, é adultério. Aliança do casamento de novas criaturas são vitalícias, não condicionais. (Efésios 4:1-6)

Sendo a morte única condição para novo casamento, aqueles que estavam mortos em seus pecados, passando para nova vida atendendo ao chamado de Cristo a todos para andarem em novidade de vida, estão livres de toda dívida do pecado e da lei (que opera para a morte), devendo agora, como nova criatura, sujeitar sua vida ao governo de Deus pelo Espírito.

8) A separação é permitida.

Paulo aconselha que em todo casamento que coloque em risco a integridade, física, moral, espiritual, de qualquer um dos envolvidos, ou de ambos, que eles se separem por motivo de preservação da vida e da paz. No entanto, isso não os exime de exporem-se um ao outro ao adultério eventual, ou iniquidade de adultério por causa de um segundo casamento. Paulo ainda afirma com todas as letras que estando separado, não procure novo casamento, e neste caso não é um conselho, mas ordem do Senhor. Porque quem casar-se de novo, entra em iniquidade de adultério. (1ªCoríntios 7:10-16)

9) Restauração é para o tempo da Graça.

Diferente da lei mosaica sobre o casamento onde não existia restauração (Deuteronômio 24:1-5), no tempo da graça, tendo havido separação, deve ocorrer a restauração, não sendo possível, então a permanência da solteirice. (1ªCoríntios 7:10-11)

10) Quem se converter primeiro, não deve abandonar o outro.

Onde uma pessoa se converter e o seu conjunge não vier a se converter, mas ele consentir em conviver e manter o casamento em paz, o convertido não deve abandoná-lo, e não deve preocupar-se que seu casamento não seja válido ou não, ou seus filhos impuros ou amaldiçoados, o cônjuge iníquo é santificado na relação com o cônjuge justificado pelo Sangue de Jesus, de modo que o fim disso é a conversão do incrédulo. (1ªCoríntios 7:12-16)

11) A nova criatura que busca casamento no mundo incorre em pecado de abominação.

O crente que está solteiro, nunca casou, e buscar casamento com aqueles que não nasceram de novo entram em jugo desigual. De modo que a nova criatura está de baixo da lei da graça (que gera vida), a velha criatura está de baixo da lei que gera morte. Diante do batismo, é como se um vivo buscasse casamento entre os mortos. (Deixo um conselho no fim do artigo quanto a isso.)

12) Marido e esposa tem papéis diferentes que não podem ser negociados.

Marido e esposa não dividem as mesmas obrigações e funções dentro do casamento e da família. O modelo é a relação que deve haver entre Cristo e a Igreja, onde Cristo sacrificou a sua própria vontade (e vida), em benefício daquilo que produziria salvação à Igreja, e a igreja tem que honrar a Cristo pelo sacrifício dele. (Efésios 5:21-33)

O marido constantemente tem que sacrificar as suas vontades em prol daquilo que produzir sustento (salvação) espiritual, emocional, e financeiro para as necessidades da sua esposa e filhos de acordo com aquilo que produzirá neles santificação e crescimento segundo o padrão divino, e a esposa tem que obedecer ao seu marido honrando o sacrifício dele deixar de viver a própria vontade e beneficiar a si mesmo para suprir as necessidades básicas dela e dos filhos, e por ele conduzir ela e os filhos no crescimento espiritual à perfeição.

13) A satisfação do conjunge vem antes da sua.

Filosofias mundanas como o hedonismo, epicurismo, e o utilitarismo por exemplo são o que contaminaram o pensamento cristão a respeito das coisas, onde a grande maioria casa para serem felizes. Ou seja o cerne das suas decisões está firmemente embasado naquilo que pode ou não lhe dar prazer, ou lhe fazer feliz. O verdadeiro cristão não está em busca da felicidade, mas em busca de cumprir a vontade de Deus na terra, e a sua felicidade está em ser bem sucedido nisso. Felicidade na vida do cristão não é a finalidade, é bônus.

Nossa cultura Brasileira hoje, já é fruto de corrupções morais bem mais antigas, de tal modo que hoje clama-se pelo direito, sem antes terem-se cumprido os deveres. É dever do marido satisfazer a sua esposa, e da esposa satisfazer o seu marido.

'Que o marido conceda à esposa o que lhe é devido, e também, de igual modo, a esposa, ao seu marido. '

14) Seu corpo é do seu conjunge.

Na maioria dos relacionamentos, as pessoas tendem a não implicar com o corpo do outro, não porque está tudo perfeito, mas porque quer evitar de ser incomodado, ou até, que toquem nas suas feridas emocionais do ego com relação a sua aparência. Em virtude desse sentimento, a esposa deixa o marido comer como um porco em paz, e o marido deixa que a esposa se vista de forma ridícula ou vulgar, tudo em prol de "manter a paz".

"Meu corpo minhas regras", precisa ser sepultado com a velha natureza no batismo, pois o evangelho não comporta tal pensamento.

É necessário que cuidemos do nosso corpo, literalmente como quem vai entregá-lo a outro. Ou seja, é necessário cuidarmos da nossa saúde, do peso, da alimentação, da aparência, não em virtude própria, mas em virtude do seu conjunge, e falo isso porque tem gente que é vaidoso por natureza, não é a sua vaidade que determina o padrão de cuidados que você deve ter consigo mesmo, mas o critério do seu conjunge. Não pensem que isso é uma escravidão para as mulheres, na verdade é autoridade delas sobre seus maridos.

'A esposa não tem poder sobre o seu próprio corpo, e sim o marido; e também, de igual modo, o marido não tem poder sobre o seu próprio corpo, e sim a esposa. ' 1Coríntios 7:4

15) Não devem negar sexo um ao outro.

No mundo, ensinam as mulheres que sexo é moeda de troca, por favores do seu amado na melhor das versões, ou literalmente moeda de troca por dinheiro, bens, cargos, etc... Ao passo que usar do sexo como recompensa para o seu marido caso ele seja "bonzinho", é considerado moralmente ético, e favores sexuais em prol de status e bens é imoral.

Bom, no mundo Deus deixou os homens viverem como bem entendem, no evangelho, sexo é a consumação e celebração da aliança matrimonial, não uma moeda de troca, mas algo que deveria acontecer frequentemente e naturalmente entre os casados. O sexo faz a manutenção dessa aliança celebrada diante de Deus, a falta de sexo na verdade criam infinitamente mais problemas do que resolvem, ao passo que a própria bíblia afirma que a falta dele criam brechas espirituais, onde cada um será tentado por satanás, uma tentação que só pode ser resolvida, prevenida, com sexo.

(Vale ressaltar, que não é característica exclusiva feminina no casamento o habito e negar sexo por qualquer motivo. Os homens também inventam as suas desculpas.)

'Não se privem um ao outro, a não ser talvez por mútuo consentimento, por algum tempo, para se dedicarem à oração. Depois, retomem a vida conjugal, para que Satanás não tente vocês por não terem domínio próprio. E digo isto como concessão e não como mandamento. '

Algumas Explicações de Contexto Bíblico.

O conceito de casamento bíblico que estou passando é o que a bíblia traz sobre o mesmo, não o que uma convenção cristã, católica ou protestante traz sobre o mesmo tema. Logo o conceito exposto neste texto sobre casamento está de acordo com os preceitos bíblicos, e cabe à aqueles que tem a bíblia como regra de vida. Ficam excluídos aqueles que tem bíblia como mera fonte de inspiração moral e ética, ou histórica.

Nunca foi tão necessário restaurar o padrão de casamento bíblico, como nos dias de hoje, em que pessoas se fiam em seus raciocínios “lógicos” e poucos textos da bíblia para encontrar legalidade para o divórcio, e que novos casais já não fazem a menor ideia do tamanho do compromisso que o casamento é diante daquele que instituiu isso aos homens. (Deus)

Como qualquer restauração, não seria diferente com o casamento, é necessário retornar às suas origens na Bília e evoluir até o presente momento. Na bíblia o primeiro casamento foi feito e consumado diante da presença de Deus, no Éden, por Adão e Eva. (Gn. 2:18-25)

Logo o casamento foi instituído por Deus, no entanto quem fez os votos (v23) foi o homem a sua esposa, e logo após o texto dá a entender a consumação do casamento.

Após a queda do homem, não vemos até a manifestação da lei mosaica nem uma lei instituindo as normas do casamento, mas temos a narrativa de alguns casamentos até Moisés, que assim como Adão e Eva, também mostram padrões e consequências de escolhas erradas, como o casamento e vida familiar conturbada de Abraão, Esaú e Jacó.

Abraão, na época Abrão, casou-se com sua meia irmã Sara, na época Sarai, e não tiveram filhos, contudo arrastaram um sobrinho por um bom tempo até a terra de Sodoma e Gomorra, onde se separaram. Não tendo filhos, nem como gerar filhos, e Sarai estando aflita na promessa que seu marido recebeu de Deus, ofereceu a seu marido que tivesse relações sexuais com uma escrava egípcia, bem mais nova, para gerar um descendente, um herdeiro, a Abrão. Assim ele adulterou Sarai, pelo próprio conselho da esposa. De Hagar, a escrava, nasceu Ismael, de Ismael, descendem os povos árabes, e deles veio o islamismo, que hoje perseguem e matam tudo e todos que se opõem a eles. (Consequência de um adultério, contra sua esposa, e contra o próprio Deus que lhe prometeu que sua esposa, e não outra mulher, lhe geraria um filho.)

Treze anos de silêncio depois de Deus com Abrão, Deus retornou a falar com ele, e mudou seu nome e de sua esposa e refirmou sua promessa a, agora, Abraão e Sara. Logo depois que Abrão concebeu com Hagar a Ismael, ele nunca mais se deitou com ela, e durante a vida de Sara, Abraão nunca mais a traiu, nem a Deus, mas após a morte dela, Abraão tomou a serva de Sara e teve outros filhos e filhas, que também originaram povos na região cananeia. (Que inclusive foram uma pedra de tropeço para Israel depois do Egito até… hoje.)

Pulando para Esaú, ele tomou para si mulheres que seus pais lhes desaconselhou que casasse, e elas foram um infortúnio para eles, depois, tentando se redimir por ter casado com mulheres que não eram da casa de seus pais, ele casou-se com descendentes de seu tio Ismael, porque eram parentes, mas essas duas esposas a mais apenas somaram no infortúnio de seus pais.

Jacó, irmão de Esaú, apaixonou-se perdidamente pela sua prima mais nova, filha de seu tio, irmão de sua mãe, e quis casar-se com ela. Já naquele tempo, os homens haviam criado o costume de dar um dote pela mão daquela com quem iriam casar-se, como Jacó não tinha nada, nem mesmo um emprego, ele ofertou seu serviço gratuito por sete anos ao seu tio Labão, pela mão de Raquel. Seu tio o enganou, e lhe entregou Lia, a irmã mais velha de Raquel, em lugar da sua amada. Passada as núpcias de Lia, e um novo acordo de mais sete anos de serviço, Jacó casou-se com Raquel também.

Daí em diante se passam os capítulos com mais conturbação familiar no livro de Gênesis, nos dando em detalhes os problemas conjugais e do desenvolvimento familiar, entre adultérios, incesto, assassinatos, estupro e tudo mais que um casamento assim pode trazer.

Lia foi rejeitada pelo amor do seu marido, mas foi agraciada por Deus, enquanto que Raquel foi amada por seu marido, mas não teve filhos na maior parte da vida, até que tivesse largado seus ídolos do lar (Raquel era idólatra, roubou o terafim de seu pai Labão que era idólatra, e carregou consigo até, possivelmente, o momento que Deus falou com Jacó que todos os que o acompanhasse deveriam abandonar seus ídolos e seus deuses para se converterem a Elohim.) Nos últimos anos de sua vida foi mãe de José e Benjamin. Interessante notar que a predileção, e o amor dedicado a Raquel e seus filhos, repercutiu em amargura não somente em Lia, mas em todos os outros filhos. (Por isso que venderam José ao Egito, e só não tocaram em Benjamim, pelo medo que sei pai morresse de tristeza.)

Essas histórias, com tantos detalhes, narradas em Gênesis, cumprem um papel de exemplo e reforço a respeito das tragédias e infelicidades que podem vir sobre a vida de todos que optarem por um padrão diferente do padrão da Criação Divina (Adão para Eva, e Eva para Adão, monogamia) como a poligamia (Abraão, Sara, Hagar, Quetura. Esaú em mais quatro esposas, Jacó, Raquel, Lia, e mais as servas de suas esposas).

Moisés casou-se apenas uma vez, com Zípora, de quem teve dois filhos. No entanto, ele mesmo não vetou, em sua lei ao povo, que os homens casassem apenas uma vez, embora aconselhasse, ao escrever Gênesis, e ao casar-se uma vez apenas, que a sabedoria mora na monogamia.

Moisés é quem fundou a religião Hebraica, com preceitos recebidos de Deus, no alto do monte Sinai, na sua presença, onde passou quarenta dias e quarenta noites sem comer, onde Deus lhe deu as tábuas da lei, que não eram somente dez mandamentos, e que ele quebrou num ataque de ira contra o povo, mas que depois ele voltou à presença de Deus e ele mesmo esculpiu em rocha uma cópia lei.

Esta lei é a, assim chamada, lei mosaica, e tudo o que ela fala sobre o casamento está nessas referências:

E é isso que a lei de Moisés cita a respeito do assunto casamento, relação sexual, adultério, e afins.

Em nenhum lugar na lei foi delegado autoridade aos levitas, sacerdotes, ou afins, de abençoar um casamento diante de Deus. Na bíblia, quem tem o poder de abençoar um casamento são os pais, no entanto, à vista do modelo de Adão que logo que viu Eva, votou seu casamento com ela, quem tem a autoridade para casar, são o homem e mulher que votaram entre si, numa consciência diante de Deus, que serão casados por toda a vida, e depois consumam o casamento nas núpcias. Depois disso, seja diante de Deus, ou fosse pela tradição dos homens, ambos, homem e mulher, estavam casados perante Deus e a sociedade.

Tudo que se encontra na lei mosaica e no pentateuco, existem leis que determinam com quem deveriam se casar, com quem não casar, regulamentos a cerca do divórcio, leis a cerca do abuso de mulheres por homens, a cerca do homossexualismo, a respeito da zoofilia, sobre deveres dos recém-casados, sobre tomar escravas para relações sexuais, sobre o direito das mulheres solteiras, viúvas, abusadas, sobre a punição pra vários crimes sexuais, sobre a proibição do casamento com estrangeiros, sobre a proibição dos hebreus de entregar qualquer mulher à prostituição, sobre normas a seguir com relação a casar-se com “mulheres despojo” de guerra e os direitos que deviam ser dado a elas. Mas não encontramos a “instituição do casamento”, o que temos é um modelo de como Deus criou, e depois leis Mosaicas de manutenção social e civil com relação aos infortúnios causados pela dureza de coração do homem antes da graça.

Depois disso, encontramos “conselhos” do rei Salomão, aquele que feito por Deus o homem mais sábio dos descendentes de Adão, que escreveu parte de Salmos, e os livros de Cantares, Eclesiastes e Provérbios, neste último, é onde ele dá muitos conselhos sobre o casamento, sobretudo, contra o adultério, e que o homem casado cuide de sua esposa e desfrute dela.

Eis as referências:

Ainda, no antigo testamento, com relação ao casamento, alguns profetas foram dirigidos por Deus a casarem-se com determinadas mulheres. Isaías teve um filho com uma sacerdotisa, e por um determinado nome neste filho, que profetizava juízo sobre a nação (Isaías 8:3-4). Oseias foi dirigido por Deus a casar-se com uma prostituta e nominar os filhos com nomes de vergonha, como um sinal da indignação e o juízo de Deus. (Oseias 1:2-11)

Outras referências sobre casamento no antigo testamento estão relacionadas a profecias de destruição e restauração de Judá e Israel como nação de Deus. Por isso não as coloquei neste artigo.

Finalmente, no novo testamento, temos algumas discussões entre os fariseus e Jesus a respeito da questão do divórcio, e uma outra discussão com os saduceus nos evangelhos:

Depois dele, tivemos os conselhos de Paulo, onde parte são conselhos de sabedoria dele, e parte são mandamentos de Deus.

E por fim, temos sentenças em apocalipse:

Minha opinião.

Infelizmente no tempo em que vivemos, parece que o mundo nunca foi tão problemático quanto no tempo presente, ainda mais na questão do casamento, onde ele simplesmente foi banalizado. As pessoas se casam já com a mão na alavanca de ejeção do casamento, para que, por qualquer motivo ela possa separar e tentar um novo casamento.

Num mundo onde as pessoas casam-se para serem feliz, não é de se admirar que as pessoas casem e descasem com mais frequência do que quem troca de roupa, afinal, assim como uma roupa nos agrada em determinado momento, em outro não nos parece adequado, então as pessoas trocam de namorados, amantes, e esposas e maridos. Todos falam que o casamento é ruim, mas, com exceção a regra, todos que já experimentaram o casamento deixam de casar-se novamente com outra pessoa.

Mas é claro, que no meio de todos os que se casam, normalmente a primeira vez, não tem sérias expectativas de divorciar-se, grande parte dos que casam e depois querem recorrer a um divórcio, tentaram, por anos até, manter relacionamento suportando seu conjunge, ou dando chances infinitas a ele, e quando a esperança morre, é natural que busquem saber o que a lei, a religião, a bíblia, Jesus e o mundo falam a respeito da possibilidade de divórcio e novo casamento. Pois o que morreu nela foi a expectativa de viver o seu sonho de família feliz com aquele indivíduo, e não o sonho de viver uma família feliz, e por isso busca saber se existe mesmo um problema em buscar para si um par que “case melhor” com ele do que o seu “par atual”.

As situações são as mais variadas, é virtualmente infinita a variação de situações que podem envolver um casamento, e por esse motivo é que não encontramos nem na bíblia, nem em nem um estudo humano um manual completo sobre “o que fazer em cada caso”, ao passo que o máximo que se consegue dizer fazer é falar a “modo geral” a respeito das situações que um casamento pode passar. Para lidar com isso, em vez de buscar dar uma lei, ou um conselho, do que fazer em cada caso, o evangelho nos deu os fundamentos da vida Cristã, e eles é que devem determinar o qu devemos fazer em cada caso. Por isso, o que eu, como autor deste artigo, posso dizer, está fundamentalmente ligado ao que creio no evangelho de Cristo.

Aos solteiros.

A primeira coisa que eu posso dizer é que, se você está buscando casamento por qualquer motivo que não seja honrar a Deus, então não se case, fique solteiro e viva para si mesmo. Se quer casamento para ter sexo, está em desejo de pecado, consuma logo seu pecado, e arrependa-se. Se o seu motivo para buscar casamento é sair da casa dos seus pais, arrume um emprego e vá viver sua vida. Se está buscando casamento para suprir uma carência emocional, está buscando cura num lugar de morte, então busque a cura da sua carência emocional num relacionamento profundo com o Espírito Santo e com a palavra de Deus.

Porque antes de buscar casamento algumas coisas precisam estar bem definidas na mente do cristão, sobre qual é a sua identidade, quem é o teu Senhor, você trabalha com todas as suas forças, toda a sua mente e todo o seu fôlego para agradar a quem? A si mesmo, ou a Deus?

Estando, ambos, o homem e a mulher convictos destas coisas, 80% dos problemas conjugais estão resolvidos antes mesmo de entrarem num casamento. As identidades estão certas, os papéis definidos, o objetivo muito claro, o propósito acertado, e a rota tomada, é só entrar no trem e curtir a viagem.

Aqueles que casarem, mesmo entre crentes, com alguém que não está buscando viver a perfeita vontade de Deus, terão de viver para agradar seu conjunge até que haja uma conversão de propósito de vida. O crente que sabe que deve viver para Deus, se não conseguir conter-se, deve buscar casamento com alguém igualmente convicto em viver para Deus, caso contrário um será um atrapalho no propósito do outro. O que é um dos motivos, que levam crentes a buscar divórcio e novo casamento, e até, o suicídio.

Sobre aqueles que buscam namorados no mundo, é que não tenham namorados nem dentro da igreja, pois o “nomoro”, como o conhecemos, é antibíblico, incorre em fornicação. E a fornicação vai ser fornicação independentemente do namorado(a) ser batizado ou não. Quanto aos que buscam casamento com aqueles que não nasceram de novo, primeiro vale lembrar que é quase impossível levar um relacionamento amoroso com alguém no mundo que não envolva fornicação, mas existem exceções, para estas exceções, eu diria que a coisa mais prudente a se fazer é ser sincero com o seu pretenso conjunge e determinar que a condição para haver casamento é ante haver batismo, para que ambos estejam sob o mesmo jugo. Caso contrário, deve haver o término deste relacionamento. Não se trata nem de uma questão de religiosidade nisso, mas de coerência, não é nem uma questão particular de maldição, mas de problemas mesmo. Quem está sob os conceitos do mundo, não leva as coisas com o mesmo valor de quem está sob os conceitos do reino de Deus, a pessoa no mundo que busca casamento não pensará duas vezes em arrumar novo casamento quando este lhe trouxer insatisfação, quanto que a pessoa que casa dentro do Reino de Deus, satisfeito ou não satisfeito, não busca separação. Num futuro, aquela pessoa que nunca se converteu, deixa o cristão com os filhos, ou põe na rua com filhos e tudo, esse Cristão deverá tocar sua vida solteiro, enquanto aquela criatura casa-se novamente, ou faz o que quiser. É este o Jugo que um cristão deva se submeter? Claro que não, então aos que ainda estão em tempo, tomem uma atitude.

Ao casal crente, que está decidido a casar-se, mas ainda não passou pela cerimônia de casamento, e como se diz no popular: “Caiu.” - Eu digo que levantem-se passem mercúrio onde esfolou, e continuem a caminhada. Não existe maldição nisso. Lembrando que o que valida o casamento é o voto, a decisão, de ambos, um para com o outro de serem um do outro o resto de suas vidas, e a consumação se dá ato conjugal, o que eles cometeram não foi pecado, mas uma antecipação imprevista da “data do casamento”. Digo ainda, que é conveniente não divulgar que tiveram relações sexuais antes da data prevista em que “pela tradição humana” anuncia-se que são, a partir daquela data, um do outro, mas devem procurar adiantar as “festividades” (caso haja), para o mais próximo possível. Falo isso, principalmente por causa de evitar fofocas, condenação, e etc… Mas caso a consciência condene a não divulgação pública do ocorrido, não fazem mal, fazem mais certo ainda, digo apenas que o casal esteja convicto e pronto para enfrentar a opinião das famílias e das convenções religiosas (igrejas), e do mundo. A dita “maldição”, permanece somente no imaginário popular.

Ao casal “misto”, (do crente que foi buscar namoro no mundo) que vem tendo uma relação em promiscuidade (inclua mãos em lugares indevidos ok?), digo que terminem a relação, justamente por causa de pecado. Aconselho que, se o casal realmente está decidido ao casamento, então, ainda sim, digo que se separem, que ambos arrependam de seus pecados (que não são só estes), que o não convertido se converta, marquem o casamento, e casem-se. (O que não depende de um pastor nem igreja, temos cartório, basta ir lá e fazer o casamento, quem não tem dinheiro que entre na fila de espera dos casamentos comunitários. Não ha vergonha nisso, vergonha é ficar no pecado.)

Aos crentes que “se aventuram no mundo”, nem preciso dizer o quanto estão perdidos, não é mesmo? Mas pra não dizer que não lembrei deles, o fato é que tudo o que estão fazendo, curtindo balada, tendo relações sexuais ilícitas, namorando, ficando, pegando e sendo pegado, estão todos em promiscuidade, o que precisam é de arrependimento e abandono de pecado. Me ocorreu agora, que alguns destes vieram a ter filhos, ou ser filhos, deste tipo de relação descompromissada, então deixo claro que o pai, ou a mãe, crentes, que conceberam devem ter esses filhos, e cumprir toda responsabilidade legal (que é o mínimo), com esses filhos, e a responsabilidade Cristã (que vai muito além da responsabilidade legal), e isso fala de suprir as necessidades físicas, emocionais e espirituais desses filhos.

Aos casados:

Vamos deixar claro algumas coisas aqui antes de abordar qualquer outra situação: Ninguém fica obrigado a permanecer num casamento onde o conjunge é agressor, estuprador, pedófilo, assassino, traficante, alcoólatra, drogadito, ou qualquer coisa que ponha a segurança, um do outro, ou de ambos, em risco. Ou seja, está livre para pôr a distância mais segura entre um e outro, ninguém tem que ser forçado a viver com o estuprador, seu ou de seus filhos, com o espancador, seu ou de seus filhos. Mas não está livre para novo casamento. Vale lembrar que ser agressor, chantagista ou estuprador, não é exclusividade masculina, mulheres também o são, essa possibilidade de separação vale para os homens igualmente, e igualmente, não ficam livres para novo casamento.

É preciso dizer mais: Em caso de agressão, estupro, ou qualquer atitude prevista, sob pena da lei, tem que ser denunciada, e o culpado entregue a justiça. E não é que não seja possível que essa pessoa possa se arrepender, na verdade ela não só pode, como deve, mas se arrependera sofrendo as consequências que lhe são devidas. “Arrependimento” pra não sofrer consequências, é a hipocrisia que João Batista condenou os fariseus. (Mt.3:7-8 )

Arrependimento de verdade num caso como esse, o culpado, por conta própria, entregaria se a justiça, confessaria seu crime e pagaria por isso como tivesse que ser.

Outra coisa, é bem provável que ao ler a posição paulina de que o crente, mesmo nestes casos, não deve buscar novo casamento, tenha pensando algo como: Mas eu não tenho o direito de ser feliz? - Bom, a resposta, é não. Quem sepultou seu velho homem, e nasceu de novo, nasceu de novo para ser escravo de Cristo, não para continuar escravo de sua própria felicidade, fomos chamados para fazer a vontade de Deus, as obras de Cristo, e não para estarmos agora, livre da lei que nos condena para a morte, para termos uma segunda chance de procurar a felicidade. Meu conselho é, não corra atrás da felicidade, corra atrás do propósito de Deus com a sua vida, e a felicidade te encontrará.

Quanto aos que não se converteram ainda, e estão em segundo casamento, e não pretendem se converter, eu digo que façam o que acharem mais prazeroso, vocês só tem essa vida pra curtir, então façam o inferno valer a pena, ok? - Ah… Então, você não quer ir para o inferno? Ok, então arrependa-se.

Quanto aos que vieram do mundo em segundo casamento, devem permanecer no casamento em que passaram pelo batismo nas águas, o casamento que ficou pra trás, para tras ficou.

Quanto ao casado que se converteu, mas o seu conjunge ainda não se converteu, caso ele(a), não implique com você ser crente, mantenha o casamento, e faça dele, o instrumento de pregação do poder de Deus na vida do seu conjunge, e crie seus filhos nos preceitos bíblicos. Caso não seja possível manter a paz, separe-se e permaneça solteiro. (Por motivo algum abandone o cuidado com os filhos.)

Quanto aos crentes que simplesmente querem o divórcio, por causa da incompatibilidade de gênios, por causa das infindáveis discussões, ou o contrário, o silêncio sepulcral, por causa das finanças, por causa até de adultério, digo que se arrependam de toda infantilidade, orgulho, soberba, arrogância, mortifiquem a carne por jejum e oração, se perdoem, façam sexo, cedam um para o outro, tomem vergonha na cara, e concertem esse casamento, nem que tenha que recomeçá-lo do zero a restabelecer cada fundamento, cada conceito, cada opinião.

Quanto aos crentes que tiveram um primeiro casamento ambos sendo crentes, já divorciaram e estão em novo casamento, arrependam-se, abandonem esse novo casamento, voltem ao primeiro, e restaurem ele, caso não seja possível, permaneça solteiro e inteiramente dedicado ao Deus. Claro que esse tipo de coisa só fará aqueles que foram convencidos de pecado pelo Espírito Santo, aqueles que já endureceram seus corações, seja pelos anos ou décadas em um segundo casamento, ou meramente pelo orgulho em não ceder, em ter razão, não se sujeitarão ao verdadeiro arrependimento, que pede o abandono, não somente o reconhecimento mental de que pecaram, e o compromisso mental de que não farão novamente. Aqueles que não arrependerem de verdade, arriscam sua própria salvação, não importam quantas boas obras tenha feito.

No mais, o que eu realmente aconselho a todos sem exceção, é que caso estejam em dúvida, é que se tranquem num quarto com uma bíblia o máximo de tempo que conseguirem, e gastem tempo lendo e orando, buscando ouvir de Deus a diretriz específica para a sua vida. Qualquer opinião que não envolver uma dedicação total ao relacionamento com Deus, é só isso, uma opinião. (Para saber o que Deus pensa da sua situação, será necessário por de lado a opinião dos outros, da sua família, do seu pastor, e de todo mundo.)

E aos que tem certeza, convido que entrem na mesma dedicação ao evangelho, a leitura, a oração, a ouvir, discernir e obedecer a voz do Espírito Santo.

Nota do autor:

É natural que, ao leitor ser confrontado com as opiniões expressas neste texto, sinta-se contrariado, e por esse motivo me rotule de religioso, como se a doutrina de excluir a possibilidade de segundos casamentos para quem já passou pelo batismo fosse oriunda de uma igreja tradicional religiosa, como a católica, ou as protestantes tradicionais. Ledo engano. Por dois motivos:

1) Procure no estatuto de cada igreja protestante tradicional (Luteranas, Batistas, Presbiterianas são mais comuns no Brasil), ou no meio católico (seja ele tradicional ou carismático), onde elas proíbem completamente o divórcio e segundo casamento, e descobrirá que a mais fechada delas dirá que apenas aquele sofreu a traição de adultério poderá casar-se de novo. Logo é incabível dizer que a posição quando a inviabilidade de divórcio e novo casamento para os que foram batizados é “religiosa”. Na verdade, é o contrário, são os religiosos que criaram tal possibilidade.

2) É o divórcio por qualquer motivo que nasceu da religião, e não o “manter o casamento até o fim” que nasceu na religião. Biblicamente é Moisés quem deu a religião aos homens, como primeira e imperfeita aliança, para que depois viesse a perfeita aliança no sangue de Jesus. Mesmo moisés supracitado como autor do divórcio pela lei religiosa.

Tendo sido isso esclarecido, conclui-se, que aqueles que leram todo o conteúdo deste artigo e ainda sim pressupõe ser o autor, ou a página Theokratos.org, religiosos (no aspecto legalista), são ignorantes intencionais, ou na melhor das hipóteses, analfabetos funcionais.

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